domingo, 22 de janeiro de 2012

BABEL NO APOCALIPSE – O RIO EUFRATES

O que é o rio Eufrates ou o que ele representa? Para que possamos apreender todo o seu significado, iremos ver Apocalipse 17. Vejamos, desde já o v.1: - E veio um dos sete anjos que tinham as sete pragas; e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas. Aqui estão assinaladas duas realidades: 1ª- Uma grande prostituta; 2ª- Esta está sentada sobre muitas águas. Ora, o que representa, para já, uma mulher, na Bíblia? Claro, uma Igreja – cf. Isaías 54.5; Jeremias 6.2; 31.32; II Coríntios 11.2; Efésios 5.23,25. Esta, por sua vez, pode ser pura ou prostituta – que, neste caso, representa esta última designação; uma Igreja apóstata, adultera, que se corrompeu, que fornicava com os reis da Terra - Jeremias 3.6,20; Ezequiel 23.2,3,5,7,22. Na verdade, em lugar de permanecer fiel ao seu marido – Cristo – esta entrega-se aos reis e a quem passa. Em lugar de utilizar o nome do marido – Cristo – visando a conversão das pessoas, utiliza a força do Estado para que, coercivamente, as pessoas venham para a Igreja, para acatarem o que ela ensina.
Esta prostituta não é uma simples prostituta, pois é chamada – “grande prostituta”! Como é que se chama esta mulher? O texto bíblico o revela: - “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia, a mãe das prostituições e abominações da terra” – Apocalipse 17.5. Afinal, esta tem um nome já nosso conhecido e muito familiar – “Babilónia, a mãe (…)”. Esta Babilónia é, segundo o texto “a mãe das prostituições e abominações da terra”. Não esqueçamos de algo elementar, mas de extrema importância, ou seja: - será que uma mulher poderá ser mãe sem ter tido filhos? A resposta é, como será de esperar, não. Para nos certificarmos de tal realidade bastará, para o efeito, ler estes textos: - (V.20) - “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensina e engana os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. (21) - E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. (22) - Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras” – Apocalipse 2.
O início do capítulo 17 dá-nos a conhecer que esta mulher tem uma relação muito íntima com um elemento – a água. Aqui é dito que ela senta-se sobre “muitas águas”. Estas águas, na verdade, o que significarão? Babilónia antiga, como sabemos, repousava sobre o rio Eufrates literal. Segundo o texto bíblico estas “muitas águas” significam: “(…) povos, multidões, nações e línguas” – v. 15. Assim sendo, Babilónia espiritual, do tempo do fim está sentada, por analogia, sobre: “povos, multidões, nações e línguas”. Segundo Apocalipse 17 podemos ver as três partes que compõem esta Babilónia espiritual: 1ª- Os reis da Terra; 2ª- a Besta, ou seja, a mãe; 3ª- o Falso profeta, ou imagem da besta o, por outras palavras – as filhas. Todos estes elementos estarão unidos pelo espiritismo, em rebelião aberta contra Deus, contra a Sua Igreja, contra remanescente desta.
No passado, o criador de Babilónia e o impulsionador do projecto Babel foi, como vimos, Ninrode, que chegou a ser divinizado como deus-Sol, sendo ele próprio o elemento de união. No presente profético, na Babilónia espiritual, esta união será consolidada devido à existência de uma particularidade inerente a estes três poderes – o Domingo. O que irá impor esta coligação político-religiosa para atingir os seus objectivos? Claro, impor uma marca, um selo identificador e galvanizador das diferentes partes – a marca da besta – Apocalipse 13.16. E o que a representará? Sem sombra de dúvida, o dia do Sol – o Domingo. Este será o ponto central da rebelião da criatura em relação ao seu Criador. A exemplo de Ninrode, cujo nome significa: rebelião. Este, na qualidade de deus-Sol, unindo Babilónia para lutar contra Deus para que possa incutir na criatura uma solução totalmente humana para os seus pecados e alcançar, desta forma, o céu. Da mesma maneira, no tempo final, Babilónia unir-se-á em rebelião contra Deus pela imposição da sua marca como dia de repouso. Na verdade, o deus-Sol não é, de modo algum, o verdadeiro Deus. Que o dia do Sol não e, igualmente, o verdadeiro dia de guarda. Deus revelou que é no 7º dia da Criação – o Sábado – em que toda a criatura O deverá adorar, como Deus verdadeiro e Criador. Quem não aderir a este campo estará, por exclusão de partes, no lado do inimigo de Deus – em Babilónia – contra o qual os juízos de Deus serão terríveis – cf. Hebreus 10.31; 12.29.
A Babilónia dos últimos dias, a exemplo do passado, não só construirá também a sua torre, como também enganará quase todo o mundo. Na verdade, o que ensina Babilónia? Porque foi construída, no passado a torre? Porque, tal como vimos, queriam salvar-se a si mesmos, mas continuando a pecar. Vejamos o que fará sub-repticiamente, por sua vez, Babilónia nos últimos dias para atingir o seu nefasto propósito, repetir o mesmo plano do passado, ou seja, proporcionar a cada um, um tipo de salvação pessoal, centralizada na pessoa humana: - “Um estudo da Sagrada Escritura, feito com oração, mostraria aos protestantes o verdadeiro carácter do papado, e os faria aborrecê-lo e evitá-lo; mas muitos são tão sábios em seu próprio conceito que não sentem necessidade de humildemente buscar a Deus para que possam ser levados à verdade. Embora se orgulhem da sua ilustração, são ignorantes tanto sobre as Escrituras, como a respeito do poder de Deus. Precisam de algum meio de acalmar a consciência; e buscam o que é menos espiritual e humilhante. O que desejam é um modo de se esquecer de Deus, que passe por um modo de lembrar-se d’Ele. O papado está adaptado a satisfazer as necessidades de todos estes. Está preparado para as duas classes da humanidade, abrangendo o mundo quase todo. Os que desejam salvar-se pelos próprios méritos, e os que desejam ser salvos em seus pecados. Eis aqui o segredo do seu poder”.
A Babilónia final irá construir a sua torre em rebelião aberta contra Deus. Irá, desta forma, propor ao ser humano, alcançar o Céu pelos seus próprios méritos e esforço. Assim, ensina que a criatura pode salvar-se pelo seu próprio esforço e méritos, ou seja, é a mesma dialéctica do passado – fazer crer que o homem se poderá salvar, pecando! Mas, segundo a Palavra de Deus, afinal, o que é o pecado? Como é que este é definido? Este último, biblicamente falando, só tem uma única definição e é esta: - “Porque o pecado é iniquidade (transgressão da lei)” – I João 3.4. Ou seja, segundo o que está escrito, no original, a palavra grega é – anómós. Esta é uma palavra composta – a + nómós. Assim sendo, temos o prefixo (a) que significa: sem. Depois temos o radical ou base (nómós) que significa: lei. Portanto, a palavra toda junta – anómós – teremos, portanto: sem lei. Tão simples quanto isto – pecado é o ser humano estar entregue a si mesmo, não tendo lei, não tendo Deus; sendo tal qual como o denúncia não só o salmista: - (v.9) - “Como purificará o mancebo o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. (…) (v.11) - Escondi a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti” – Salmo 119 – como também o sábio Salomão: - “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei uma luz (…)” – Provérbios 6.23. Mas a pseudo nova teologia, que é, afinal, mais velha que o mundo, pois teve a sua origem no Céu, com Lúcifer, ensina que Deus nos irá salvar, não dos nossos pecados, mas em nossos pecados, o que crucial e, ligeiramente diferente! Pois argumentar-se-á que, ao ser humano, é impossível alcançar a vitória sobre o pecado e falhas de carácter!
A Babilónia final terá a mesma postura que a dos primeiros tempos; construíram a torre, símbolo de que se poderiam salvar, pecando; salvação pelos seus próprios méritos. Aquela torre era tão alta que, pensavam, nem Deus os poderia destruir caso houvesse um outro Dilúvio. A Nova Ordem Mundial o que fará é, da mesma forma, construir uma nova torre colossal baseada na velha ideia de que o homem pode salvar-se por si e em si mesmo, ou seja, salvar-se pelo seu próprio esforço e nos seus pecados. Tudo isto, toda esta doutrina é contrária à de Deus, a qual ensina que, só em Cristo podemos vencer o pecado e, consequentemente, que não nos podemos salvar pelos nossos próprios méritos.
Na verdade, será que nós cremos que Deus está atento a tudo o que se está a passar? Será que cremos que Deus conhece os objectivos destes três poderes, como vimos, que compõem Babilónia, ou seja, que Ele conhece os seus planos traçados nas mais secretas reuniões?421 Será que, a exemplo do que aconteceu na Torre de Babel, Ele também desce para ver? – cf. Génesis 11.5. Continuamos a crer que sim. O que escapará, elaborado pelo ser humano, ao Seu controlo? Absolutamente nada, não é verdade? Deus é o Senhor da História de toda e qualquer criatura, como de todo o Universo, Sua criação. Deus, como dissemos, a exemplo do passado, olha para a Torre em que os Seus inimigos estão, neste fase da sua história, agora, a construir. Hoje proliferam tantas correntes de pensamento religioso; todos são diferentes uns dos outros, tal como os nomes que os definem. No entanto, apesar

As Profecias Bíblicas

Oferecemos neste tópico, que estará trancado, uma série de estudos sobre as profecias bíblicas, bem ilustrados, começando de um estudo que é considerado verdadeiro bê-a-bá para entender as mensagens proféticas das Escrituras: o sonho da estátua de Nabucodonosor como interpretado pelo profeta Daniel (cap. 2 de seu livro).

Convidamos todos a acompanhar atentamente os vários estudos que aqui postaremos, buscando na Bíblia, como indicado nos respectivos textos, as devidas respostas e comparando com os comentários esclarecedores que constarão dos estudos. São adaptados da série “A Bíblia Fala”.
Deus Revela o Futuro

Certa noite um ministro viajava para a localidade distante, onde devia dar uma entrevista. A noite estava escura e chuvosa. Ao viajar pela estrada lamacenta e sinuosa, súbito se apagaram as luzes dos faróis de seu carro.

Bem podeis imaginar a preocupação e o temor que o possuíram, ao ver-se diante da tarefa, quase impossível, de guiar o carro a um lugar seguro, sem precipitar-se no abismo que ele sabia achar-se a sua direita, ou ir de encontro à lomba do outro lado.

Só quando se apagaram as luzes foi que ele reconheceu o seu valor, e quanto ele dependia delas, para ver os perigos à frente e fazer as curvas perigosas. Com o auxílio do Senhor, conseguiu parar o carro em lugar seguro. Nunca mais considerou aqueles faróis como coisa banal. Aprendera a dar-lhe o merecido valor.

O PRINCIPIO DIA ANO PROFÉTICO


É possível inferir de citações bíblicas e do Espírito de Profecia a idéia de que o princípio dia/ano não deve ser aplicado depois de 1844? E como fica a interpretação de Apoc 8:1 de que “quase meia hora profética” equivale a sete dias? — M. T. F.
Calculamos as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 como 2300 anos mediante a aplicação do princípio dia-ano. Considerando que a purificação do santuário terrestre ocorria num único dia, não deveria o juízo investigativo, nesse caso, ter durado apenas um ano? Por que esse princípio deixa, agora, de ser aplicado?

O princípio dia/ano é aplicável exclusivamente a períodos de tempos proféticos apocalípticos que se estendem no máximo até 1844. Não pode ser aplicado de outra forma.
É verdade que a purificação do antigo santuário terrestre ocorria num determinado dia do ano litúrgico de Israel. Mas não tomava o dia todo, para que valesse um ano completo pelo aludido princípio.
Mesmo que o tomasse, esse dia, a exemplo do que ocorria com outros dias de eventos religiosos, era apenas uma data de calendário e nada mais que isso; não perfazia um “período profético’ menos ainda apocalíptico; portanto, o princípio dia/ano nada tem que ver com aqueles dias, e vice-versa.

Se tivéssemos que aplicar o princípio a essas datas, entraríamos em sérias dificuldades. Por exemplo, a festa dos “pães asmos’ que apontava para o corpo de Jesus oferecido na cruz, durava sete dias, Se a aplicação fosse correcta, o corpo de Jesus deveria permanecer na forma de um sacrifício (na cruz, ou mesmo na sepultura), por sete anos.

DANIEL 12 - TEMPO DO FIM

Antes de mais, temos que compreender a relação que existe entre Daniel 11.45 de Daniel 12.1. Assim, - Daniel 11.45 – faz referência a duas etapas, a saber: 1ª- quando o rei do Norte arma as tendas do seu palácio entre o mar Mediterrâneo e o monte santo e glorioso, ou seja, a mesma coisa que: a) O vale de Meguido; b) O vale de Hamom-Gogue; c) O vale de Jeosafá; O vale de Jizreel. Todos estes lugares são importantes, mas no cumprimento da profecia, o importante é o significado dos nomes, visto que os acontecimentos finais serão de amplitude mundial. Na verdade, tal como refere o texto do livro do Apocalipse: - “E os congregaram no lugar que, em hebreu, se chama Armagedom” – Apocalipse 16.16. A ênfase é o significado do nome em hebreu e não o lugar em si mesmo: HAR (monte) - MAGEDON (Meguido).

Não existe, geograficamente falando, este monte, visto que – Meguido – ao contrário do que é afirmado, é um vale! Mas, como os filhos de Deus estão no monte de Sião – que representa o governo de Deus – de igual modo, o Seu opositor – Babilónia – deverá ser representado por um monte – Monte de Meguido. Assim sendo, temos por analogia: Monte de Sião = Monte de Salvação e Monte de Meguido = Monte do corte, abate. 2ª- quando este poder – o rei do Norte - chega ao seu fim sem ter ninguém para o ajudar.

Na progressão do texto, apercebemo-nos que Daniel 12.1 também tem duas etapas: 1ª- “E naquele tempo se levantará Miguel (…)”. E, em que tempo acontecerá isto? Esta frase corresponde à primeira ou à segunda fase do versículo anterior – Daniel 11.45? Quando Miguel se levanta Babilónia ainda não caiu. A seguir ao levantamento de Miguel vem o período conhecido como – Tempo de Angústia. E o que o caracterizará? Este tempo será motivado pelo comportamento do rei do Norte, visto que este irá estender o seu palácio até Jerusalém com o intento de a destruir, espiritualmente falando. Assim sendo, o – levantamento de Miguel – corresponde ao tempo em que o rei do Norte estender as tendas do seu palácio, pronto a atacar Jerusalém. 2ª- “mas, naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro” – Daniel 12.1b – corresponde à segunda fase do versículo anterior, ou seja, que o povo de Deus será libertado, quando para o rei do Norte - “virá o seu fim (…)” – Daniel 11.45b. Isto quer dizer que a libertação do povo de Deus coincide com o final do reinado desta personagem sinistra – o rei do Norte.

Como vimos – Daniel 11.45 – mostra-nos dois períodos da existência do rei do Norte. E Daniel 12.1, de igual modo, mostra-nos as mesmas duas fases, ou seja quando o rei do Norte se preparar para montar as suas tendas, Miguel levanta-se para dizer que o reinado deste terminou; que Ele reinaria a seguir. De seguida, vem - o Tempo de Angústia – e, à medida que este se vai concluindo, nas últimas pragas (a 6ª e a 7ª), vai-se aproximando, para o rei do Norte o seu fim, sem que ninguém o possa ajudar, pois: 1- os “reis da terra” o abandonarão (Babilónia/a prostituta (Apocalipse 17.16); 2- os comerciantes a abandonarão (Apocalipse 18.11); 3- as águas levantam-se contra ela (Apocalipse 16.12). E quando tudo isto acontecer, o povo de Deus é, finalmente, libertado deste poder opressivo.
- V.1a- “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve; (…)”

Aqui é referido que “se levantará Miguel”. A palavra “levantar” corresponde à palavra hebraica “Amad”. Esta palavra encontramo-la, anteriormente, neste mesmo livro, e esta comporta a conotação de um rei que anula um outro, para que, por sua vez, possa reinar. Numa palavra - um rei que substitui o anterior – cf. Daniel 8.22,23,25; 11.2,3,14,20,21. E onde podemos ver a aplicação desta palavra de uma forma enfática, é no texto de Daniel 11.2: - “(…): Eis que se levantarão três reis na Pérsia (…)”. O significado da palavra aqui empregue – “levantarão” – é o de “governarão três reis”. Portanto – levantar-se – é o mesmo que dizer: começar a reinar. Quando se fechar a - Porta da Graça - na verdade, como estará este pobre mundo governado por Satanás? Segundo a Palavra de Deus, este estará um verdadeiro caos de perseguição ao povo remanescente de Deus. Mas, quando Miguel se levantar, este gesto significa que Satanás será destituído do seu trono, do seu governo sobre este pobre e sinistro mundo que vai de mal a pior, onde se engana e se é enganado. Miguel assumirá todo o controlo, no cumprimento da Sua promessa – João 14.1-3 – para restaurar todas as coisas. Pois todos compreenderão e aceitarão que foi um tremendo erro pensar que Satanás implementaria uma forma melhor de governo do que a de Deus. No Tempo de Angústia ver-se-á, claramente, que tipo de governo que teria sido se Satanás continuasse a governar. Poder-se-á imaginar todo o Universo governado por semelhante criatura?! É por esta razão que Deus permite que o mal continue para que possamos ver os seus resultados. Para que não caiamos, de novo, na tentação de um outro alguém que diga: - se fosse eu governaria melhor do que Deus. As minhas leis seriam mais justas, haveria mais liberdade. Assim, o Universo ficará, para sempre, vacinado.

Ouve-se falar de uma hipotética – Nova Ordem Mundial. Como veremos mais a baixo, que mais não é do que uma desilusão assente em falsas premissas meramente humanas, falíveis e efémeras. Esta tentativa, não é mais do que uma derradeira tentativa para ressuscitar a – Velha Desordem Mundial. Este anseio, tão antigo, foi originado no episódio bíblico conhecido por – Torre de Babel – Génesis 11.1-9. Poder-se-á imaginar todo o Universo governado por semelhante criatura?! É por esta razão que Deus ainda permite que o Mal continue para que a humanidade, todo o Universo, o possa ver em toda a sua plenitude, assim como o cortejo de miséria e dor a ele associado – a morte. Tal como a Palavra de Deus claramente o indica, a determinado momento, ainda no futuro não muito longínquo, cumprir-se-á muita coisa, entre as quais – a morte definitiva da morte: - (v.54)- “(…), então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. (55)- Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó morte a tua vitória?” – I Coríntios 15. Na verdade, a vitória está alcançada na cruz do Calvário – “(…) para que, pela morte (de Cristo) aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” – Hebreus 4.14. Nesta fase da história deste planeta, todos reconhecerão a equidade do governo de Deus – o Criador.

A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - A Origem do Mal

Enquanto todos os seres criados reconheceram a lealdade pelo amor, houve perfeita harmonia por todo o Universo de Deus. Deleitavam-se em refletir a Sua glória, e patentear o Seu louvor. E enquanto foi supremo o amor para com Deus, o amor de uns para com os outros foi cheio de confiança e abnegado. Nenhuma nota discordante havia para deslustrar as harmonias celestiais.

Sobreveio, porém, uma mudança neste estado de felicidade. Houve um ser que perverteu a liberdade que Deus concedera às Suas criaturas. O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu. Lúcifer, "filho da alva", era o primeiro dos querubins cobridores, santo, incontaminado. Permanecia na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele. Assim diz o Senhor Jeová:
"Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura. (...) Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." (Ezequiel 28:12-15)
Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. Dizem as Escrituras: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." (Ezequiel 28:17). "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo." (Isaías 14:13-14).

Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de Cristo apenas.

Quebrantou-se então a perfeita harmonia do Céu. A disposição de Lúcifer para servir a si em vez do Criador, suscitou um sentimento de apreensão ao ser observada por aqueles que consideravam dever a glória de Deus ser suprema. No conselho celestial os anjos insistiam com Lúcifer. O Filho de Deus apresentou perante ele a grandeza, a bondade e a justiça do Criador; e, a natureza imutável e sagrada de Sua lei. Mas a advertência, feita com amor e misericórdia infinitos, apenas despertou espírito de resistência. Lúcifer consentiu que prevalecessem seus sentimentos de inveja para com Cristo, e se tornou mais decidido. (...)

O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a

TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - A Imagem do Mal

"Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da Sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a perseverança dos santos; os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." (Apocalipse 14:9-12)
A mensagem do primeiro anjo proclama o evangelho eterno e convida à restauração da verdadeira adoração de Deus como Criador, uma vez que a hora do juízo é chegada; o segundo anjo adverte contra todas as formas de adoração originadas em mecanismos humanos e, finalmente, o terceiro anjo proclama o mais solene aviso divino contra a adoração da besta e de sua imagem - que é o procedimento no qual envolve, em última análise, todos aqueles que rejeitam o evangelho da justificação pela fé.

A besta descrita em Apocalipse 13:1-10 representa a Igreja de Roma que se uniu com o Estado, e juntos, dominaram o mundo cristão durante vários séculos; ela foi descrita também por Paulo como o "homem da iniqüidade" (II Tessalonicenses 2:3-10), e por Daniel como o "chifre pequeno" (Daniel 7:8; Daniel 7:19-25; Daniel 8:9-12). A imagem da besta representa a forma de religião apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes, tendo perdido o verdadeiro espírito da Reforma, também se unirão com o Estado a fim de impor às pessoas os seus falsos ensinos herdados da Igreja Romana. Essa união será a perfeita imagem da besta, ou seja, será semelhante aquela proporcionada pela Igreja Católica Apostólica Romana.

A mensagem do terceiro anjo proclama a mais solene e assustadora advertência da Bíblia. Revela que aqueles que se submeterem à autoridade humana durante a crise final da Terra estarão adorando a "besta e a sua imagem" em vez de estar adorando a Deus. Durante esse conflito final, duas classes distintas se desenvolverão. Uma classe advogará o evangelho das maquinações humanas e adorará a "besta e a sua imagem", trazendo essas pessoas sobre si próprias os mais terríveis juízos. A outra classe, em acentuado contraste, viverá de acordo com o verdadeiro evangelho e guardará "os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apocalipse 14:12).

"Aqui está a perseverança dos santos". Satanás fará o possível para obrigar os remanescentes a unirem-se ao movimento apostatado e, para isso, "ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça" (II Tessalonicenses 2:10 cf Mateus 24:23-24); não prevalecendo seus artifícios, ameaçará com isolamento e morte (Apocalipse 13:11-17). Entretanto, manterão a integridade até o fim, aqueles que alicerçaram a vida

A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - A Adoração de Caim e Abel

Caim e Abel, filhos de Adão, diferiam grandemente em caráter. Abel tinha um espírito de fidelidade para com Deus; via justiça e misericórdia nos cuidados que o Criador tinha com a raça decaída, e com gratidão aceitou a esperança da redenção. Caim, porém, acariciava sentimentos de rebeldia, e murmurava contra Deus por causa da maldição pronunciada sobre a Terra e sobre o gênero humano, em virtude do pecado de Adão. Permitiu que a mente se deixasse levar pelo mesmo conduto que determinara a queda de Satanás, condescendendo com o desejo de exaltação própria, e pondo em dúvida a justiça e autoridade divinas.

Esses irmãos foram provados, assim como o fora Adão antes deles, para mostrar se creriam na Palavra de Deus e obedeceriam à mesma. Estavam cientes da providência tomada para a salvação do homem, e compreendiam o sistema de ofertas que Deus ordenara. Sabiam que nessas ofertas deveriam exprimir fé no Salvador a quem tais ofertas tipificavam, e ao mesmo tempo reconhecer sua total dependência dEle, para o perdão; e sabiam que, conformando-se assim ao plano divino para a sua redenção, estavam a dar prova de sua obediência à vontade de Deus.

Os dois irmãos de modo semelhante construíram seus altares, e cada qual trouxe uma oferta. Abel apresentou um sacrifício do rebanho, de acordo com as instruções do Senhor. "E atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta." (Gênesis 4:4). Lampejou o fogo do Céu, e consumiu o sacrifício. Mas Caim, desrespeitando o mandado direto e explícito do SENHOR, apresentou apenas uma oferta de frutos. Não houve sinal do Céu para mostrar que era aceita. Abel instou com seu irmão para aproximar-se de Deus da maneira divinamente prescrita; mas seus rogos apenas tornaram Caim mais decidido a seguir sua própria vontade. Sendo mais velho, achava que lhe não condizia ser aconselhado por seu irmão, e desprezou o seu conselho.

Caim veio perante Deus com íntima murmuração e incredulidade, com respeito ao sacrifício prometido e

A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - Paciência Limitada

"A lei requer justiça - vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes, Ele oferece como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser 'justo e justificador daquele que tem fé em Jesus' (Romanos 3:26-31).

O amor de Deus tem-se expressado tanto em Sua justiça como em Sua misericórdia. A justiça é o fundamento de Seu trono, e o fruto de Seu amor. Era o desígnio de Satanás divorciar a misericórdia da verdade e da justiça. Buscou provar que a justiça da lei divina é inimiga da paz. Mas Cristo mostrou que, no plano divino, elas estão indissoluvelmente unidas; uma não pode existir sem a outra. 'A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram' (Salmos 85:10). Por Sua vida e morte, provou Cristo que a justiça divina não destrói a misericórdia, mas que o pecado pode ser perdoado, e que a lei é justa, sendo possível obedecer-lhe perfeitamente. As acusações de Satanás foram refutadas.

Outro engano devia ser então apresentado. Satanás declarou que a misericórdia destruía a justiça, que a morte de Cristo anulava a lei do Pai. Fosse possível ser a lei mudada ou anulada, então não era necessário Cristo ter morrido. Anular a lei seria imortalizar a transgressão e colocar o mundo sob o domínio de Satanás. É justamente porque a lei é imutável, porque o homem só se pode salvar mediante a obediência a seus preceitos, que Jesus foi erguido na cruz (Mateus 19:16-22 cf Romanos 2:13; Tiago capítulo 2).

O ser defeituosa a lei pronunciada pela própria voz divina, o haverem sido certas especificações postas à margem, eis a pretensão apresentada agora por Satanás. É o último grande engano que ele há de trazer sobre o mundo. Não necessita atacar toda a lei; se pode levar os homens a desrespeitar um só preceito, está conseguido seu objetivo. Pois 'qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos' (Tiago 2:10). Consentindo em transgredir um preceito, são os homens colocados sob o poder de Satanás. Substituindo a lei divina pela humana (Marcos 7:7-9), procurará Satanás dominar o mundo. Essa obra é predita em profecia. Acerca do grande poder apóstata que é representante de Satanás, acha-se declarado: 'Proferirá palavras contra o Altíssimo e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão.' (Daniel 7:25).

Os homens hão de certamente estabelecer suas leis para anular as de Deus. Procurarão obrigar a consciência de outros, e, em seu zelo para impor essas leis, oprimirão os semelhantes. A guerra contra a lei divina, começada no Céu, continuará até ao fim do tempo. Todo homem será provado. Obediência ou desobediência, eis a questão a ser assentada por todo o mundo. Todos serão chamados a escolher entre a lei divina e as humanas. Aí se traçará a linha divisória. Não existirão senão duas classes. Todo caráter será plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião. Então virá o fim.

Deus reivindicará Sua lei e livrará Seu povo. Satanás e todos quantos se lhe houverem unido em rebelião serão extirpados. O pecado e os pecadores perecerão, raiz e ramos (Malaquias 4:1) - Satanás a raiz, e seus seguidores os ramos. Cumprir-se-á a palavra dirigida ao príncipe do mal: 'Pois que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus (...) te farei perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. (...) Em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre' (Ezequiel 28:6-19). Então 'o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá' (Salmos 37:10); 'e serão como se nunca tivessem existido' (Obadias 1:16).

Isso não é um ato de poder arbitrário da parte de Deus. Os que Lhe rejeitavam a misericórdia ceifarão aquilo que semearam. Deus é a fonte da vida; e quando alguém escolhe o serviço do pecado, separa-se de Deus, desligando-se assim da vida. Ele está 'separado da vida de Deus' (Efésios 4:18). Cristo diz: 'Todos os que Me aborrecem amam a morte' (Provérbio 8:36). Deus lhe dá existência por algum tempo, a fim de poderem desenvolver seu caráter e revelar seus princípios. Feito isso, receberão os resultados de sua própria escolha. Por uma vida de rebelião, Satanás e todos quantos a ele se unem colocam-se em tanta desarmonia com Deus, que Sua própria presença lhes é um fogo consumidor. A glória dAquele que é amor os destruirá."1
"O que damos a Satanás quando concordamos com o ponto segundo o qual a lei de Deus precisa ser removida? Damos ao Universo inteiro um Deus imperfeito, um Deus que fez uma lei tão defeituosa que Ele precisou retirá-la. É isso o que Satanás deseja. Teremos a coragem de trabalhar ao lado de qualquer um que

A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - Perdão e Salvação

"Qual é a nossa iniquidade, qual é o nosso pecado, que cometemos contra o SENHOR, nosso Deus?" (Jeremias 16:10)

O homem ao pecar, transgride a Lei de Deus, isso é fato (I João 3:4; Romanos 4:15; Romanos 7:7). Não existe pecado que não seja a violação de um dos seus preceitos.

A Lei de Deus (Dez Mandamentos) revela ao homem o seu respectivo pecado, e ele, quando reconhece o erro cometido - mediante o Espírito Santo (João 16:7-11; Atos 7:51; Tito 3:5) - chega a conclusão que precisa de Cristo para alcançar o perdão que, só pode ser concedido pela graça.
"A graça é uma oportunidade conferida aos pecadores, e tem o sentido de uma dívida perdoada, de um perdão concedido, de uma libertação sem paga, de um jugo desatado, de uma 'carga retirada dos ombros'. Graça é a mais alta expressão do amor de Deus manifestado no sacrifício de Jesus em favor dos pecadores, e estes são assim considerados por transgredirem a lei divina." 1 "A graça é favor imerecido concedido aos pecadores." 2
O homem nunca obterá o perdão por suas obras; somente pela graça, unicamente, ele o conseguirá. "Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-Me por tua graça." (Salmos 6:4) Entretanto, quando o homem aceita a graça, obtendo assim o perdão pelos seus erros, à ele não é permitido retornar ao pecado, a menos que deliberadamente escolha o caminho da perdição. As palavras de Cristo quanto a isso são: “vai e não peques mais.” (João 8:11)
Volvemo-nos novamente ao pecado depois que somos perdoados? É nos permitido pecar novamente porque obtemos o perdão mediante a graça que vem de Cristo? De modo nenhum! (Romanos 6:15) Então por que violar os mandamentos da Lei de Deus? Como pode o cristão seguir a Cristo e ao mesmo tempo desrespeitar Seus mandamentos?3
E, assumir o erro cometido contra a Lei de Deus, não isenta o pecador de sua culpa, ele terá que pagar por sua transgressão; mas, é nesse momento que Cristo intervém e oferece Seu sangue como pagamento; é nesse instante que a graça se faz presente quando o pecador a aceita pela fé e assim alcança o perdão de sua transgressão (Isaías 53:1-12; João 1:29).
No entanto, muitos confundem perdão com a salvação. Perdão é a aplicação direta da graça, e salvação é a permanência na graça pela fé em Cristo e obediência aos Seus mandamentos (Apocalipse 14:12 cf I João 2:1-4). O pecador pode chegar a receber o perdão mas nunca desfrutar da salvação se posteriormente se desviar desses requisitos exigidos. Somente a graça abre as portas para que o homem seja perdoado e assim tenha condições de seguir os caminhos de Jesus Cristo rumo a salvação.
O erro mais comum no cristianismo é achar que o perdão obtido (mediante a graça) anula a obediência a Lei de Deus. Satanás é o originador desse lastimável ensino (Apocalipse 12:17) e, muitos, iludidos por seus sofismas "riscam" a obediência aos mandamentos de Deus como - um dos - requisitos para alcançar a salvação, e assim trilham nos caminhos de Satanás em direção a perdição (Apocalipse 22:14-15).
O próprio Cristo esclareceu que para alcançar a vida eterna (salvação) é necessário obedecer aos Dez Mandamentos (Mateus 19:16-22; Mateus 5:17-19 cf João 14:15-26). E este ensino é muitíssimo claro: Como poderia alguém ter acesso ao reino de Deus violando a Sua lei que proíbe: criar e adorar imagens,

PRINCÍPIO DO DIA PROFÉTICO

Vários teólogos judeus e cristãos através dos tempos aplicaram o princípio do dia profético às setenta semanas descrita em Daniel capítulo 9. Dentre eles, tem-se o hebreu Rashi (1040-1105 d.C.), que traduziu Daniel 8:14 da seguinte maneira: "E ele disse-me: Até 2300 anos". Esse princípio tem sido reconhecido e aceite em todo o mundo durante séculos.

E qual é a base bíblica para dizer que 2300 dias são na verdade 2300 anos? Os versos de Números 14:34 e Ezequiel 4:4-7, que dizem respectivamente: "(...) quarenta dias, cada dia representando um ano." "(...) Quarenta dias te dei, cada dia por um ano."

O Antigo Testamento demonstra outras relações entre as palavras dia e ano; em alguns casos, embora as traduções usem a palavra "ano", no original hebraico encontra-se a palavra "dia". Por exemplo, em Êxodo 13:10 é utilizado a expressão "de ano em ano", enquanto no texto original consta "de dias em dias": "Portanto, guardarás esta ordenança no determinado tempo, de ano em ano [de dias em dias]" (Êxodo 13:10). O mesmo ocorre em I Samuel 27:7: "E todo o tempo que David permaneceu na terra dos filisteus foi um ano [dias] e quatro meses." (cf I Samuel 1:21).

Em hebraico a palavra geralmente usada para especificar o período de um "ano" é "shanah" (pl. shaneh), porém, nestes versos a palavra "dias" (yowm) foi utilizada, demonstrando uma ligação direta e representativa de "ano". E por que esse princípio deve ser aplicado nas profecias do livro de Daniel, especialmente nos capítulo 8 e 9?

Daniel capítulo 9 declara que "desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até ao Ungido", se passaria sessenta e nove semanas. A ordem para essa edificação se deu em 457 a.C.; isso significa que a partir dela até ao Ungido (batismo de Jesus Cristo, 27 d.C) haveria 483 anos, e profeticamente, isso corresponde exatamente a 69 semanas.(a)

Considerar 69 semanas literalmente como 483 dias, o que equivale a "1 ano, 4 meses e 3 dias", obrigatoriamente deveria-se aceitar que esse seria o intervalo de tempo entre a restauração de Jerusalém e o batismo de Jesus. Este procedimento de contagem literal não é adequado, tornanaria a profecia sem fundamento histórico e bíblico. O princípio do dia profético precisa ser aplicado a esta profecia, ou a mesma torna-se sem sentido.

O princípio do dia profético enquadra-se perfeitamente numa parte da profecia (70 semanas), não seria lógico que fosse usado com sucesso na outra parte também? Aplicando o princípio do dia profético às 70 semanas, temos 490 anos, ou seja, 176.400 dias. Como poderíamos separar ou subtrair 176.400 dias de 2.300 dias? Impossível! A única maneira das 70 semanas serem separadas, cortadas ou subtraída é aplicando o princípio do dia profético também aos 2.300 dias. De outra forma, seria como tentar medir dois metros em três centímetros.

Outra prova a favor da aplicação do dia profético aos 2.300 dias é a análise contextual de Daniel 8:13 que diz: "(...) Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?"

Daniel 8:13 da ênfase com relação ao término dos eventos que ocorrem no período profético das "2300 tardes e manhãs". A palavra visão "chazown" refere-se nesse contexto a revelação (visão profética) e abrange os acontecimentos preditos na sua totalidade, dentre eles: A entrega do santuário e o seu sacrifício diário, a transgressão assoladora, perseguição aos filhos do Altíssimo e a mudança na Lei de Deus (cf Daniel 7:25). A pergunta feita em Daniel 8:13 ("até quando?") refere-se ao término de tudo que foi descrito na visão (chazown). E a resposta foi: "Até 2300 tardes e manhãs"; que correspondem a 2300 dias, e estes por sua vez equivalem, profeticamente, a 2300 anos.

Essa profecia abrange o período dos impérios Babilónico, Medo-Persa, Grego e Romano. Se fossemos basear-nos que 2300 dias não correspondem a 2300 anos, isso significaria que 2300 dias equivalem literalmente a 6 anos, 3 meses e 20 dias. Como poderia esta contagem de tempo, literal, incluir esses impérios descritos na profecia? Impossível. Só o império Medo-Persa durou 208 anos, muito tempo para se encaixar em apenas 6 anos. Portanto, é lógico e discernido o uso do princípio profético que envolve mais de dois milénios, tempo suficiente para abranger todos os impérios e eventos relatados por Daniel.

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