O
que é o rio Eufrates ou o que ele representa? Para que possamos
apreender todo o seu significado, iremos ver Apocalipse 17.
Vejamos, desde já o v.1: - E veio um dos sete anjos que tinham as sete
pragas; e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da
grande prostituta que está assentada sobre muitas águas. Aqui estão
assinaladas duas realidades: 1ª- Uma grande prostituta;
2ª- Esta está sentada sobre muitas águas. Ora, o que representa, para
já, uma mulher, na Bíblia? Claro, uma Igreja – cf. Isaías
54.5; Jeremias 6.2; 31.32; II Coríntios 11.2; Efésios 5.23,25.
Esta, por sua vez, pode ser pura ou prostituta – que, neste caso,
representa esta última designação; uma Igreja apóstata,
adultera, que se corrompeu, que fornicava com os reis da Terra -
Jeremias 3.6,20; Ezequiel 23.2,3,5,7,22. Na verdade, em
lugar de permanecer fiel ao seu marido – Cristo – esta entrega-se aos
reis e a quem passa. Em lugar de utilizar o nome do marido – Cristo –
visando a conversão das pessoas, utiliza a força do Estado para que,
coercivamente, as pessoas venham para a Igreja, para acatarem o que ela
ensina.
Esta prostituta não é uma
simples prostituta, pois é chamada – “grande prostituta”! Como é que se
chama esta mulher? O texto bíblico o revela: - “E na sua testa estava
escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia, a mãe das prostituições e
abominações da terra” – Apocalipse 17.5. Afinal, esta tem um nome já
nosso conhecido e muito familiar – “Babilónia, a mãe (…)”. Esta
Babilónia é, segundo o texto “a mãe das prostituições e abominações da
terra”. Não esqueçamos de algo elementar, mas de extrema importância, ou
seja: - será que uma mulher poderá ser mãe sem ter tido filhos? A
resposta é, como será de esperar, não. Para nos certificarmos de tal
realidade bastará, para o efeito, ler estes textos: - (V.20) - “Mas
tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensina
e engana os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios
da idolatria. (21) - E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua
prostituição; e não se arrependeu. (22) - Eis que a porei numa cama, e
sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se
arrependerem das suas obras” – Apocalipse 2.
O início do
capítulo 17 dá-nos a conhecer que esta mulher tem uma relação muito
íntima com um elemento – a água. Aqui é dito que ela senta-se sobre
“muitas águas”. Estas águas, na verdade, o que significarão? Babilónia
antiga, como sabemos, repousava sobre o rio Eufrates literal. Segundo o
texto bíblico estas “muitas águas” significam: “(…) povos, multidões,
nações e línguas” – v. 15. Assim sendo, Babilónia espiritual, do tempo
do fim está sentada, por analogia, sobre: “povos, multidões, nações e
línguas”. Segundo Apocalipse 17 podemos ver as três partes que compõem
esta Babilónia espiritual: 1ª- Os reis da Terra; 2ª- a Besta, ou seja, a
mãe; 3ª- o Falso profeta, ou imagem da besta o, por outras palavras –
as filhas. Todos estes elementos estarão unidos pelo espiritismo, em
rebelião aberta contra Deus, contra a Sua Igreja, contra remanescente
desta.
No passado, o criador de
Babilónia e o impulsionador do projecto Babel foi, como vimos, Ninrode,
que chegou a ser divinizado como deus-Sol, sendo ele próprio o elemento
de união. No presente profético, na Babilónia espiritual, esta união
será consolidada devido à existência de uma particularidade inerente a
estes três poderes – o Domingo. O que irá impor esta coligação
político-religiosa para atingir os seus objectivos? Claro, impor uma
marca, um selo identificador e galvanizador das diferentes partes – a
marca da besta – Apocalipse 13.16. E o que a representará? Sem sombra de
dúvida, o dia do Sol – o Domingo.
Este será o ponto central da rebelião da criatura em relação ao seu
Criador. A exemplo de Ninrode, cujo nome significa: rebelião. Este, na
qualidade de deus-Sol, unindo Babilónia para lutar contra Deus para que
possa incutir na criatura uma solução totalmente humana para os seus
pecados e alcançar, desta forma, o céu. Da mesma maneira, no tempo
final, Babilónia unir-se-á em rebelião contra Deus pela imposição da sua
marca como dia de repouso. Na verdade, o deus-Sol não é, de modo algum,
o verdadeiro Deus. Que o dia do Sol não e, igualmente, o verdadeiro dia
de guarda. Deus revelou que é no 7º dia da Criação – o Sábado – em que
toda a criatura O deverá adorar, como Deus verdadeiro e Criador. Quem
não aderir a este campo estará, por exclusão de partes, no lado do
inimigo de Deus – em Babilónia – contra o qual os juízos de Deus serão
terríveis – cf. Hebreus 10.31; 12.29.
A Babilónia dos
últimos dias, a exemplo do passado, não só construirá também a sua
torre, como também enganará quase todo o mundo. Na verdade, o que ensina
Babilónia? Porque foi construída, no passado a torre? Porque, tal como
vimos, queriam salvar-se a si mesmos, mas continuando a pecar. Vejamos o
que fará sub-repticiamente, por sua vez, Babilónia nos últimos dias
para atingir o seu nefasto propósito, repetir o mesmo plano do passado,
ou seja, proporcionar a cada um, um tipo de salvação pessoal,
centralizada na pessoa humana: - “Um estudo da Sagrada Escritura, feito
com oração, mostraria aos protestantes o verdadeiro carácter do papado, e
os faria aborrecê-lo e evitá-lo; mas muitos são tão sábios em seu
próprio conceito que não sentem necessidade de humildemente buscar a
Deus para que possam ser levados à verdade. Embora se orgulhem da sua
ilustração, são ignorantes tanto sobre as Escrituras, como a respeito do
poder de Deus. Precisam de algum meio de acalmar a consciência; e
buscam o que é menos espiritual e humilhante. O que desejam é um modo de
se esquecer de Deus, que passe por um modo de lembrar-se d’Ele. O
papado está adaptado a satisfazer as necessidades de todos estes. Está
preparado para as duas classes da humanidade, abrangendo o mundo quase
todo. Os que desejam salvar-se pelos próprios méritos, e os que desejam
ser salvos em seus pecados. Eis aqui o segredo do seu poder”.
A Babilónia
final irá construir a sua torre em rebelião aberta contra Deus. Irá,
desta forma, propor ao ser humano, alcançar o Céu pelos seus próprios
méritos e esforço. Assim, ensina que a criatura pode salvar-se pelo seu
próprio esforço e méritos, ou seja, é a mesma dialéctica do passado –
fazer crer que o homem se poderá salvar, pecando! Mas, segundo a Palavra
de Deus, afinal, o que é o pecado? Como é que este é definido? Este
último, biblicamente falando, só tem uma única definição e é esta: -
“Porque o pecado é iniquidade (transgressão da lei)” – I João 3.4. Ou
seja, segundo o que está escrito, no original, a palavra grega é –
anómós. Esta é uma palavra composta – a + nómós. Assim sendo, temos o
prefixo (a) que significa: sem. Depois temos o radical ou base (nómós)
que significa: lei. Portanto, a palavra toda junta – anómós – teremos,
portanto: sem lei. Tão simples quanto isto – pecado é o ser humano estar
entregue a si mesmo, não tendo lei, não tendo Deus; sendo tal qual como
o denúncia não só o salmista: - (v.9) - “Como purificará o mancebo o
seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. (…) (v.11) - Escondi a
tua palavra no meu coração para não pecar contra ti” – Salmo 119 – como
também o sábio Salomão: - “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei
uma luz (…)” – Provérbios 6.23. Mas a pseudo nova teologia, que é,
afinal, mais velha que o mundo, pois teve a sua origem no Céu, com
Lúcifer, ensina que Deus nos irá salvar, não dos nossos pecados, mas em
nossos pecados, o que crucial e, ligeiramente diferente! Pois
argumentar-se-á que, ao ser humano, é impossível alcançar a vitória
sobre o pecado e falhas de carácter!
A Babilónia final terá a mesma postura que a dos primeiros
tempos; construíram a torre, símbolo de que se poderiam salvar, pecando;
salvação pelos seus próprios méritos. Aquela torre era tão alta que,
pensavam, nem Deus os poderia destruir caso houvesse um outro Dilúvio. A
Nova Ordem Mundial o que fará é, da mesma forma, construir uma nova
torre colossal baseada na velha ideia de que o homem pode salvar-se por
si e em si mesmo, ou seja, salvar-se pelo seu próprio esforço e nos seus
pecados. Tudo isto, toda esta doutrina é contrária à de Deus, a qual
ensina que, só em Cristo podemos vencer o pecado e, consequentemente,
que não nos podemos salvar pelos nossos próprios méritos.
Na verdade, será que nós cremos que Deus
está atento a tudo o que se está a passar? Será que cremos que Deus
conhece os objectivos destes três poderes, como vimos, que compõem
Babilónia, ou seja, que Ele conhece os seus planos traçados nas mais
secretas reuniões?421 Será que, a exemplo do que aconteceu na Torre de
Babel, Ele também desce para ver? – cf. Génesis 11.5. Continuamos a crer
que sim. O que escapará, elaborado pelo ser humano, ao Seu controlo?
Absolutamente nada, não é verdade? Deus é o Senhor da História de toda e
qualquer criatura, como de todo o Universo, Sua criação. Deus, como
dissemos, a exemplo do passado, olha para a Torre em que os Seus
inimigos estão, neste fase da sua história, agora, a construir. Hoje
proliferam tantas correntes de pensamento religioso; todos são
diferentes uns dos outros, tal como os nomes que os definem. No entanto,
apesar
As Profecias Bíblicas
Oferecemos neste tópico, que estará trancado, uma série de
estudos sobre as profecias bíblicas, bem ilustrados, começando de um
estudo que é considerado verdadeiro bê-a-bá para entender as mensagens
proféticas das Escrituras: o sonho da estátua de Nabucodonosor como
interpretado pelo profeta Daniel (cap. 2 de seu livro).
Convidamos todos a acompanhar
atentamente os vários estudos que aqui postaremos, buscando na Bíblia,
como indicado nos respectivos textos, as devidas respostas e comparando
com os comentários esclarecedores que constarão dos estudos. São
adaptados da série “A Bíblia Fala”.
Deus Revela o Futuro
Certa noite um ministro viajava para a localidade distante, onde devia dar uma entrevista. A noite estava escura e chuvosa. Ao viajar pela estrada lamacenta e sinuosa, súbito se apagaram as luzes dos faróis de seu carro.
Bem podeis imaginar a preocupação e o temor que o possuíram, ao ver-se diante da tarefa, quase impossível, de guiar o carro a um lugar seguro, sem precipitar-se no abismo que ele sabia achar-se a sua direita, ou ir de encontro à lomba do outro lado.
Só quando se apagaram as luzes foi que ele reconheceu o seu valor, e quanto ele dependia delas, para ver os perigos à frente e fazer as curvas perigosas. Com o auxílio do Senhor, conseguiu parar o carro em lugar seguro. Nunca mais considerou aqueles faróis como coisa banal. Aprendera a dar-lhe o merecido valor.
O PRINCIPIO DIA ANO PROFÉTICO
É possível
inferir de citações bíblicas e do Espírito de Profecia a idéia de que o
princípio dia/ano não deve ser aplicado depois de 1844? E como fica a
interpretação de Apoc 8:1 de que “quase meia hora profética” equivale a
sete dias? — M. T. F.
Calculamos
as 2300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 como 2300 anos mediante a
aplicação do princípio dia-ano. Considerando que a purificação do
santuário terrestre ocorria num único dia, não deveria o juízo
investigativo, nesse caso, ter durado apenas um ano? Por que esse
princípio deixa, agora, de ser aplicado?
O princípio dia/ano é aplicável
exclusivamente a períodos de tempos proféticos apocalípticos que se
estendem no máximo até 1844. Não pode ser aplicado de outra forma.
É verdade que a purificação do antigo
santuário terrestre ocorria num determinado dia do ano litúrgico de
Israel. Mas não tomava o dia todo, para que valesse um ano completo pelo
aludido princípio.
Mesmo que o
tomasse, esse dia, a exemplo do que ocorria com outros dias de eventos
religiosos, era apenas uma data de calendário e nada mais que isso; não
perfazia um “período profético’ menos ainda apocalíptico; portanto, o
princípio dia/ano nada tem que ver com aqueles dias, e vice-versa.
Se tivéssemos que aplicar o
princípio a essas datas, entraríamos em sérias dificuldades. Por
exemplo, a festa dos “pães asmos’ que apontava para o corpo de Jesus
oferecido na cruz, durava sete dias, Se a aplicação fosse correcta, o
corpo de Jesus deveria permanecer na forma de um sacrifício (na cruz, ou
mesmo na sepultura), por sete anos.
DANIEL 12 - TEMPO DO FIM
Antes de mais,
temos que compreender a relação que existe entre Daniel 11.45 de Daniel
12.1. Assim, - Daniel 11.45 – faz referência a duas
etapas, a saber: 1ª- quando o rei do Norte arma as tendas do seu palácio
entre o mar Mediterrâneo e o monte santo e glorioso, ou seja, a mesma
coisa que: a) O vale de Meguido; b) O vale de Hamom-Gogue; c) O vale de
Jeosafá; O vale de Jizreel. Todos estes lugares são importantes, mas no
cumprimento da profecia, o importante é o significado dos nomes, visto
que os acontecimentos finais serão de amplitude mundial. Na verdade, tal
como refere o texto do livro do Apocalipse: - “E os congregaram no
lugar que, em hebreu, se chama Armagedom” – Apocalipse 16.16. A ênfase é
o significado do nome em hebreu e não o lugar em si mesmo: HAR (monte) -
MAGEDON (Meguido).
Não existe, geograficamente
falando, este monte, visto que – Meguido – ao contrário do que é
afirmado, é um vale! Mas, como os filhos de Deus estão no monte de Sião –
que representa o governo de Deus – de igual modo, o Seu opositor –
Babilónia – deverá ser representado por um monte – Monte de Meguido.
Assim sendo, temos por analogia: Monte de Sião = Monte de Salvação e
Monte de Meguido = Monte do corte, abate. 2ª- quando este poder – o rei
do Norte - chega ao seu fim sem ter ninguém para o ajudar.
Na progressão do texto,
apercebemo-nos que Daniel 12.1 também tem duas etapas: 1ª- “E naquele
tempo se levantará Miguel (…)”. E, em que tempo acontecerá isto? Esta
frase corresponde à primeira ou à segunda fase do versículo anterior –
Daniel 11.45? Quando Miguel se levanta Babilónia ainda não caiu. A
seguir ao levantamento de Miguel vem o período conhecido como – Tempo de
Angústia. E o que o caracterizará? Este tempo será motivado pelo
comportamento do rei do Norte, visto que este irá estender o seu palácio
até Jerusalém com o intento de a destruir, espiritualmente falando.
Assim sendo, o – levantamento de Miguel – corresponde ao tempo em que o
rei do Norte estender as tendas do seu palácio, pronto a atacar
Jerusalém. 2ª- “mas, naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele
que se achar escrito no livro” – Daniel 12.1b – corresponde à segunda
fase do versículo anterior, ou seja, que o povo de Deus será libertado,
quando para o rei do Norte - “virá o seu fim (…)” – Daniel 11.45b. Isto
quer dizer que a libertação do povo de Deus coincide com o final do
reinado desta personagem sinistra – o rei do Norte.
Como vimos – Daniel 11.45 –
mostra-nos dois períodos da existência do rei do Norte. E Daniel 12.1,
de igual modo, mostra-nos as mesmas duas fases, ou seja quando o rei do
Norte se preparar para montar as suas tendas, Miguel levanta-se para
dizer que o reinado deste terminou; que Ele reinaria a seguir. De
seguida, vem - o Tempo de Angústia – e, à medida que este se vai
concluindo, nas últimas pragas (a 6ª e a 7ª), vai-se aproximando, para o
rei do Norte o seu fim, sem que ninguém o possa ajudar, pois: 1- os
“reis da terra” o abandonarão (Babilónia/a prostituta (Apocalipse
17.16); 2- os comerciantes a abandonarão (Apocalipse 18.11); 3- as águas
levantam-se contra ela (Apocalipse 16.12). E quando tudo isto
acontecer, o povo de Deus é, finalmente, libertado deste poder
opressivo.
- V.1a-
“E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta
pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca
houve; (…)”
Aqui é referido que “se
levantará Miguel”. A palavra “levantar” corresponde à palavra hebraica
“Amad”. Esta palavra encontramo-la, anteriormente, neste mesmo livro, e
esta comporta a conotação de um rei que anula um outro, para que, por
sua vez, possa reinar. Numa palavra - um rei que substitui o anterior –
cf. Daniel 8.22,23,25; 11.2,3,14,20,21. E onde podemos ver a aplicação
desta palavra de uma forma enfática, é no texto de Daniel 11.2: - “(…):
Eis que se levantarão três reis na Pérsia (…)”. O significado da palavra
aqui empregue – “levantarão” – é o de “governarão três reis”. Portanto –
levantar-se – é o mesmo que dizer: começar a reinar. Quando se fechar a
- Porta da Graça - na verdade, como estará este pobre mundo governado
por Satanás? Segundo a Palavra de Deus, este estará um verdadeiro caos
de perseguição ao povo remanescente de Deus. Mas, quando Miguel se
levantar, este gesto significa que Satanás será destituído do seu trono,
do seu governo sobre este pobre e sinistro mundo que vai de mal a pior,
onde se engana e se é enganado. Miguel assumirá todo o controlo, no
cumprimento da Sua promessa – João 14.1-3 – para restaurar todas as
coisas. Pois todos compreenderão e aceitarão que foi um tremendo erro
pensar que Satanás implementaria uma forma melhor de governo do que a de
Deus. No Tempo de Angústia ver-se-á, claramente, que tipo de governo
que teria sido se Satanás continuasse a governar. Poder-se-á imaginar
todo o Universo governado por semelhante criatura?! É por esta razão que
Deus permite que o mal continue para que possamos ver os seus
resultados. Para que não caiamos, de novo, na tentação de um outro
alguém que diga: - se fosse eu governaria melhor do que Deus. As minhas
leis seriam mais justas, haveria mais liberdade. Assim, o Universo
ficará, para sempre, vacinado.
Ouve-se falar de uma hipotética –
Nova Ordem Mundial. Como veremos mais a
baixo, que mais não é do que uma desilusão assente em falsas premissas
meramente humanas, falíveis e efémeras. Esta tentativa, não é mais do
que uma derradeira tentativa para ressuscitar a – Velha Desordem
Mundial. Este anseio, tão antigo, foi originado no episódio bíblico
conhecido por – Torre de Babel – Génesis 11.1-9. Poder-se-á imaginar
todo o Universo governado por semelhante criatura?! É por esta razão que
Deus ainda permite que o Mal continue para que a humanidade, todo o
Universo, o possa ver em toda a sua plenitude, assim como o cortejo de
miséria e dor a ele associado – a morte. Tal como a Palavra de Deus
claramente o indica, a determinado momento, ainda no futuro não muito
longínquo, cumprir-se-á muita coisa, entre as quais – a morte definitiva
da morte: - (v.54)- “(…), então cumprir-se-á a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte na vitória. (55)- Onde está, ó morte, o teu
aguilhão? Onde está, ó morte a tua vitória?” – I Coríntios 15. Na
verdade, a vitória está alcançada na cruz do Calvário – “(…) para que,
pela morte (de Cristo) aniquilasse o que tinha o império da morte, isto
é, o diabo” – Hebreus 4.14. Nesta fase da história deste planeta, todos
reconhecerão a equidade do governo de Deus – o Criador.
A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - A Origem do Mal
Enquanto todos
os seres criados reconheceram a lealdade pelo amor, houve perfeita
harmonia por todo o Universo de Deus. Deleitavam-se em refletir a Sua
glória, e patentear o Seu louvor. E enquanto foi supremo o amor para com
Deus, o amor de uns para com os outros foi cheio de confiança e
abnegado. Nenhuma nota discordante havia para deslustrar as harmonias
celestiais.
Sobreveio, porém, uma mudança
neste estado de felicidade. Houve um ser que perverteu a liberdade que
Deus concedera às Suas criaturas. O pecado originou-se com aquele que,
abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em
poder e glória entre os habitantes do Céu. Lúcifer, "filho da alva", era
o primeiro dos querubins cobridores, santo, incontaminado. Permanecia
na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que
cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele. Assim diz o Senhor Jeová:
"Tu és o aferidor da medida, cheio de
sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda
a pedra preciosa era a tua cobertura. (...) Tu eras querubim ungido
para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio
das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o
dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." (Ezequiel
28:12-15)
Pouco a pouco Lúcifer
veio a condescender com o desejo de exaltação própria. Dizem as
Escrituras: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." (Ezequiel
28:17). "Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas
de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei,
nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo." (Isaías 14:13-14).
Se bem que toda a sua glória
proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como
pertencente a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse
mais honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem
devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que Deus
fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres
criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade
deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho,
este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de
Cristo apenas.
Quebrantou-se então a perfeita
harmonia do Céu. A disposição de Lúcifer para servir a si em vez do
Criador, suscitou um sentimento de apreensão ao ser observada por
aqueles que consideravam dever a glória de Deus ser suprema. No conselho
celestial os anjos insistiam com Lúcifer. O Filho de Deus apresentou
perante ele a grandeza, a bondade e a justiça do Criador; e, a natureza
imutável e sagrada de Sua lei. Mas a advertência, feita com amor e
misericórdia infinitos, apenas despertou espírito de resistência.
Lúcifer consentiu que prevalecessem seus sentimentos de inveja para com
Cristo, e se tornou mais decidido. (...)
O Rei do Universo convocou os
exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a
TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - A Imagem do Mal
"Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca
na fronte ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus,
preparado, sem mistura, do cálice da Sua ira, e será atormentado com
fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A
fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm
descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua
imagem e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está a
perseverança dos santos; os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus." (Apocalipse 14:9-12)
A mensagem do primeiro anjo proclama o
evangelho eterno e convida à restauração da verdadeira adoração de Deus
como Criador, uma vez que a hora do juízo é chegada; o segundo anjo
adverte contra todas as formas de adoração originadas em mecanismos
humanos e, finalmente, o terceiro anjo proclama o mais solene aviso
divino contra a adoração da besta e de sua imagem - que é o procedimento
no qual envolve, em última análise, todos aqueles que rejeitam o
evangelho da justificação pela fé.
A besta descrita em Apocalipse
13:1-10 representa a Igreja de Roma que se uniu com o Estado, e juntos,
dominaram o mundo cristão durante vários séculos; ela foi descrita
também por Paulo como o "homem da iniqüidade" (II Tessalonicenses
2:3-10), e por Daniel como o "chifre pequeno" (Daniel 7:8; Daniel
7:19-25; Daniel 8:9-12). A imagem da besta representa a forma de
religião apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes,
tendo perdido o verdadeiro espírito da Reforma, também se unirão com o
Estado a fim de impor às pessoas os seus falsos ensinos herdados da
Igreja Romana. Essa união será a perfeita imagem da besta, ou seja, será
semelhante aquela proporcionada pela Igreja Católica Apostólica Romana.
A mensagem do terceiro anjo
proclama a mais solene e assustadora advertência da Bíblia. Revela que
aqueles que se submeterem à autoridade humana durante a crise final da
Terra estarão adorando a "besta e a sua imagem" em vez de estar adorando
a Deus. Durante esse conflito final, duas classes distintas se
desenvolverão. Uma classe advogará o evangelho das maquinações humanas e
adorará a "besta e a sua imagem", trazendo essas pessoas sobre si
próprias os mais terríveis juízos. A outra classe, em acentuado
contraste, viverá de acordo com o verdadeiro evangelho e guardará "os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apocalipse 14:12).
"Aqui está a perseverança dos
santos". Satanás fará o possível para obrigar os remanescentes a
unirem-se ao movimento apostatado e, para isso, "ele fará uso de todas
as formas de engano da injustiça" (II Tessalonicenses 2:10 cf Mateus
24:23-24); não prevalecendo seus artifícios, ameaçará com isolamento e
morte (Apocalipse 13:11-17). Entretanto, manterão a integridade até o
fim, aqueles que alicerçaram a vida
A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - A Adoração de Caim e Abel
Caim e Abel,
filhos de Adão, diferiam grandemente em caráter. Abel tinha um espírito
de fidelidade para com Deus; via justiça e misericórdia nos cuidados que
o Criador tinha com a raça decaída, e com gratidão aceitou a esperança
da redenção. Caim, porém, acariciava sentimentos de rebeldia, e
murmurava contra Deus por causa da maldição pronunciada sobre a Terra e
sobre o gênero humano, em virtude do pecado de Adão. Permitiu que a
mente se deixasse levar pelo mesmo conduto que determinara a queda de
Satanás, condescendendo com o desejo de exaltação própria, e pondo em
dúvida a justiça e autoridade divinas.
Esses irmãos foram provados,
assim como o fora Adão antes deles, para mostrar se creriam na Palavra
de Deus e obedeceriam à mesma. Estavam cientes da providência tomada
para a salvação do homem, e compreendiam o sistema de ofertas que Deus
ordenara. Sabiam que nessas ofertas deveriam exprimir fé no Salvador a
quem tais ofertas tipificavam, e ao mesmo tempo reconhecer sua total
dependência dEle, para o perdão; e sabiam que, conformando-se assim ao
plano divino para a sua redenção, estavam a dar prova de sua obediência à
vontade de Deus.
Os dois irmãos de modo
semelhante construíram seus altares, e cada qual trouxe uma oferta. Abel
apresentou um sacrifício do rebanho, de acordo com as instruções do
Senhor. "E atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta." (Gênesis
4:4). Lampejou o fogo do Céu, e consumiu o sacrifício. Mas Caim,
desrespeitando o mandado direto e explícito do SENHOR, apresentou apenas
uma oferta de frutos. Não houve sinal do Céu para mostrar que era
aceita. Abel instou com seu irmão para aproximar-se de Deus da maneira
divinamente prescrita; mas seus rogos apenas tornaram Caim mais decidido
a seguir sua própria vontade. Sendo mais velho, achava que lhe não
condizia ser aconselhado por seu irmão, e desprezou o seu conselho.
Caim veio perante Deus com
íntima murmuração e incredulidade, com respeito ao sacrifício prometido e
A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - Paciência Limitada
"A lei requer
justiça - vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar.
Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo,
vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter
perfeito. Estes, Ele oferece como dom gratuito a todos quantos o queiram
receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de
pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo
lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a
semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e
beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente
em Cristo. Deus pode ser 'justo e justificador daquele que tem fé em
Jesus' (Romanos 3:26-31).
O amor de Deus tem-se expressado
tanto em Sua justiça como em Sua misericórdia. A justiça é o fundamento
de Seu trono, e o fruto de Seu amor. Era o desígnio de Satanás
divorciar a misericórdia da verdade e da justiça. Buscou provar que a
justiça da lei divina é inimiga da paz. Mas Cristo mostrou que, no plano
divino, elas estão indissoluvelmente unidas; uma não pode existir sem a
outra. 'A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se
beijaram' (Salmos 85:10). Por Sua vida e morte, provou Cristo que a
justiça divina não destrói a misericórdia, mas que o pecado pode ser
perdoado, e que a lei é justa, sendo possível obedecer-lhe
perfeitamente. As acusações de Satanás foram refutadas.
Outro engano devia ser então
apresentado. Satanás declarou que a misericórdia destruía a justiça, que
a morte de Cristo anulava a lei do Pai. Fosse possível ser a lei mudada
ou anulada, então não era necessário Cristo ter morrido. Anular a lei
seria imortalizar a transgressão e colocar o mundo sob o domínio de
Satanás. É justamente porque a lei é imutável, porque o homem só se pode
salvar mediante a obediência a seus preceitos, que Jesus foi erguido na
cruz (Mateus 19:16-22 cf Romanos 2:13; Tiago capítulo 2).
O ser defeituosa a lei
pronunciada pela própria voz divina, o haverem sido certas
especificações postas à margem, eis a pretensão apresentada agora por
Satanás. É o último grande engano que ele há de trazer sobre o mundo.
Não necessita atacar toda a lei; se pode levar os homens a desrespeitar
um só preceito, está conseguido seu objetivo. Pois 'qualquer que guardar
toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos'
(Tiago 2:10). Consentindo em transgredir um preceito, são os homens
colocados sob o poder de Satanás. Substituindo a lei divina pela humana
(Marcos 7:7-9), procurará Satanás dominar o mundo. Essa obra é predita
em profecia. Acerca do grande poder apóstata que é representante de
Satanás, acha-se declarado: 'Proferirá palavras contra o Altíssimo e
destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e
eles serão entregues na sua mão.' (Daniel 7:25).
Os homens hão de certamente
estabelecer suas leis para anular as de Deus. Procurarão obrigar a
consciência de outros, e, em seu zelo para impor essas leis, oprimirão
os semelhantes. A guerra contra a lei divina, começada no Céu,
continuará até ao fim do tempo. Todo homem será provado. Obediência ou
desobediência, eis a questão a ser assentada por todo o mundo. Todos
serão chamados a escolher entre a lei divina e as humanas. Aí se traçará
a linha divisória. Não existirão senão duas classes. Todo caráter será
plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da
lealdade ou o da rebelião. Então virá o fim.
Deus reivindicará Sua lei e
livrará Seu povo. Satanás e todos quantos se lhe houverem unido em
rebelião serão extirpados. O pecado e os pecadores perecerão, raiz e
ramos (Malaquias 4:1) - Satanás a raiz, e seus seguidores os ramos.
Cumprir-se-á a palavra dirigida ao príncipe do mal: 'Pois que estimas o
teu coração como se fora o coração de Deus (...) te farei perecer, ó
querubim protetor, entre pedras afogueadas. (...) Em grande espanto te
tornaste, e nunca mais serás para sempre' (Ezequiel 28:6-19). Então 'o
ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá' (Salmos
37:10); 'e serão como se nunca tivessem existido' (Obadias 1:16).
Isso não é um ato de poder
arbitrário da parte de Deus. Os que Lhe rejeitavam a misericórdia
ceifarão aquilo que semearam. Deus é a fonte da vida; e quando alguém
escolhe o serviço do pecado, separa-se de Deus, desligando-se assim da
vida. Ele está 'separado da vida de Deus' (Efésios 4:18). Cristo diz:
'Todos os que Me aborrecem amam a morte' (Provérbio 8:36). Deus lhe dá
existência por algum tempo, a fim de poderem desenvolver seu caráter e
revelar seus princípios. Feito isso, receberão os resultados de sua
própria escolha. Por uma vida de rebelião, Satanás e todos quantos a ele
se unem colocam-se em tanta desarmonia com Deus, que Sua própria
presença lhes é um fogo consumidor. A glória dAquele que é amor os
destruirá."1
"O que damos a
Satanás quando concordamos com o ponto segundo o qual a lei de Deus
precisa ser removida? Damos ao Universo inteiro um Deus imperfeito, um
Deus que fez uma lei tão defeituosa que Ele precisou retirá-la. É isso o
que Satanás deseja. Teremos a coragem de trabalhar ao lado de qualquer
um que
A TERCEIRA MENSAGEM APOCALIPSE - Perdão e Salvação
"Qual é a nossa
iniquidade, qual é o nosso pecado, que cometemos contra o SENHOR, nosso
Deus?" (Jeremias 16:10)
O homem ao pecar, transgride a
Lei de Deus, isso é fato (I João 3:4; Romanos 4:15; Romanos 7:7). Não
existe pecado que não seja a violação de um dos seus preceitos.
A Lei de Deus (Dez Mandamentos)
revela ao homem o seu respectivo pecado, e ele, quando reconhece o erro
cometido - mediante o Espírito Santo (João 16:7-11; Atos 7:51; Tito 3:5)
- chega a conclusão que precisa de Cristo para alcançar o perdão que,
só pode ser concedido pela graça.
"A
graça é uma oportunidade conferida aos pecadores, e tem o sentido de
uma dívida perdoada, de um perdão concedido, de uma libertação sem paga,
de um jugo desatado, de uma 'carga retirada dos ombros'. Graça é a mais
alta expressão do amor de Deus manifestado no sacrifício de Jesus em
favor dos pecadores, e estes são assim considerados por transgredirem a
lei divina." 1 "A graça é favor imerecido concedido aos pecadores." 2
O homem nunca obterá o perdão por suas
obras; somente pela graça, unicamente, ele o conseguirá. "Volta-te,
SENHOR, e livra a minha alma; salva-Me por tua graça." (Salmos 6:4)
Entretanto, quando o homem aceita a graça, obtendo assim o perdão pelos
seus erros, à ele não é permitido retornar ao pecado, a menos que
deliberadamente escolha o caminho da perdição. As palavras de Cristo
quanto a isso são: “vai e não peques mais.” (João 8:11)
Volvemo-nos novamente ao pecado depois que
somos perdoados? É nos permitido pecar novamente porque obtemos o perdão
mediante a graça que vem de Cristo? De modo nenhum! (Romanos 6:15)
Então por que violar os mandamentos da Lei de Deus? Como pode o cristão
seguir a Cristo e ao mesmo tempo desrespeitar Seus mandamentos?3
E, assumir o erro cometido contra a Lei de
Deus, não isenta o pecador de sua culpa, ele terá que pagar por sua
transgressão; mas, é nesse momento que Cristo intervém e oferece Seu
sangue como pagamento; é nesse instante que a graça se faz presente
quando o pecador a aceita pela fé e assim alcança o perdão de sua
transgressão (Isaías 53:1-12; João 1:29).
No entanto, muitos confundem perdão com a salvação. Perdão é a
aplicação direta da graça, e salvação é a permanência na graça pela fé
em Cristo e obediência aos Seus mandamentos (Apocalipse 14:12 cf I João
2:1-4). O pecador pode chegar a receber o perdão mas nunca desfrutar da
salvação se posteriormente se desviar desses requisitos exigidos.
Somente a graça abre as portas para que o homem seja perdoado e assim
tenha condições de seguir os caminhos de Jesus Cristo rumo a salvação.
O erro mais comum no cristianismo é achar
que o perdão obtido (mediante a graça) anula a obediência a Lei de Deus.
Satanás é o originador desse lastimável ensino (Apocalipse 12:17) e,
muitos, iludidos por seus sofismas "riscam" a obediência aos mandamentos
de Deus como - um dos - requisitos para alcançar a salvação, e assim
trilham nos caminhos de Satanás em direção a perdição (Apocalipse
22:14-15).
O próprio Cristo
esclareceu que para alcançar a vida eterna (salvação) é necessário
obedecer aos Dez Mandamentos (Mateus 19:16-22; Mateus 5:17-19 cf João
14:15-26). E este ensino é muitíssimo claro: Como poderia alguém ter
acesso ao reino de Deus violando a Sua lei que proíbe: criar e adorar
imagens,
PRINCÍPIO DO DIA PROFÉTICO
Vários teólogos judeus e cristãos
através dos tempos aplicaram o princípio do dia profético às setenta
semanas descrita em Daniel capítulo 9. Dentre eles, tem-se o hebreu
Rashi (1040-1105 d.C.), que traduziu Daniel 8:14 da seguinte maneira: "E
ele disse-me: Até 2300 anos". Esse princípio tem sido reconhecido e
aceite em todo o mundo durante séculos.
E qual é a base bíblica para
dizer que 2300 dias são na verdade 2300 anos? Os versos de Números 14:34
e Ezequiel 4:4-7, que dizem respectivamente: "(...) quarenta dias, cada
dia representando um ano." "(...) Quarenta dias te dei, cada dia por um
ano."
O Antigo Testamento demonstra
outras relações entre as palavras dia e ano; em alguns casos, embora as
traduções usem a palavra "ano", no original hebraico encontra-se a
palavra "dia". Por exemplo, em Êxodo 13:10 é utilizado a expressão "de
ano em ano", enquanto no texto original consta "de dias em dias":
"Portanto, guardarás esta ordenança no determinado tempo, de ano em ano
[de dias em dias]" (Êxodo 13:10). O mesmo ocorre em I Samuel 27:7: "E
todo o tempo que David permaneceu na terra dos filisteus foi um ano
[dias] e quatro meses." (cf I Samuel 1:21).
Em hebraico a palavra geralmente
usada para especificar o período de um "ano" é "shanah" (pl. shaneh),
porém, nestes versos a palavra "dias" (yowm) foi utilizada, demonstrando
uma ligação direta e representativa de "ano". E por que esse princípio
deve ser aplicado nas profecias do livro de Daniel, especialmente nos
capítulo 8 e 9?
Daniel capítulo 9 declara que
"desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até ao
Ungido", se passaria sessenta e nove semanas. A ordem para essa
edificação se deu em 457 a.C.; isso significa que a partir dela até ao
Ungido (batismo de Jesus Cristo, 27 d.C) haveria 483 anos, e
profeticamente, isso corresponde exatamente a 69 semanas.(a)
Considerar 69 semanas
literalmente como 483 dias, o que equivale a "1 ano, 4 meses e 3 dias",
obrigatoriamente deveria-se aceitar que esse seria o intervalo de tempo
entre a restauração de Jerusalém e o batismo de Jesus. Este procedimento
de contagem literal não é adequado, tornanaria a profecia sem
fundamento histórico e bíblico. O princípio do dia profético precisa ser
aplicado a esta profecia, ou a mesma torna-se sem sentido.
O princípio do dia profético
enquadra-se perfeitamente numa parte da profecia (70 semanas), não seria
lógico que fosse usado com sucesso na outra parte também? Aplicando o
princípio do dia profético às 70 semanas, temos 490 anos, ou seja,
176.400 dias. Como poderíamos separar ou subtrair 176.400 dias de 2.300
dias? Impossível! A única maneira das 70 semanas serem separadas,
cortadas ou subtraída é aplicando o princípio do dia profético também
aos 2.300 dias. De outra forma, seria como tentar medir dois metros em
três centímetros.
Outra prova a favor da aplicação
do dia profético aos 2.300 dias é a análise contextual de Daniel 8:13
que diz: "(...) Até quando durará a visão do sacrifício diário e da
transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o
exército, a fim de serem pisados?"
Daniel 8:13 da ênfase com
relação ao término dos eventos que ocorrem no período profético das
"2300 tardes e manhãs". A palavra visão "chazown" refere-se nesse
contexto a revelação (visão profética) e abrange os acontecimentos
preditos na sua totalidade, dentre eles: A entrega do santuário e o seu
sacrifício diário, a transgressão assoladora, perseguição aos filhos do
Altíssimo e a mudança na Lei de Deus (cf Daniel 7:25). A pergunta feita
em Daniel 8:13 ("até quando?") refere-se ao término de tudo que foi
descrito na visão (chazown). E a resposta foi: "Até 2300 tardes e
manhãs"; que correspondem a 2300 dias, e estes por sua vez equivalem,
profeticamente, a 2300 anos.
Essa profecia abrange o período
dos impérios Babilónico, Medo-Persa, Grego e Romano. Se fossemos
basear-nos que 2300 dias não correspondem a 2300 anos, isso significaria
que 2300 dias equivalem literalmente a 6 anos, 3 meses e 20 dias. Como
poderia esta contagem de tempo, literal, incluir esses impérios
descritos na profecia? Impossível. Só o império Medo-Persa durou 208
anos, muito tempo para se encaixar em apenas 6 anos. Portanto, é lógico e
discernido o uso do princípio profético que envolve mais de dois
milénios, tempo suficiente para abranger todos os impérios e eventos
relatados por Daniel.
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